quinta-feira, 28 de maio de 2009

1984: um livro, um grito, um apelo...


No dia oito de junho de 2009 completará 30 anos da 1ª edição do livro 1984 do autor George Orwell. Trata-se de um livro especial. Mesmo publicado há 30 anos ainda continua contemporâneo. Na ocasião, a escolha do título 1984 foi um “disfarce” usado pelos editores para burlar a censura vigente em toda Europa. Na verdade o título seria 1948, uma alusão do futuro para os acontecimentos vividos na época. Foi cogitado também para o título da obra: O último homem da Europa. Bastante pertinente, pois o texto consiste numa crítica densa aos regimes totalitários das décadas de 1930 e 1940. Retrata um cenário social oprimido e conturbado face uma Europa devastada pós 2ª guerra mundial. O Estado assume e controla tudo desde a máquina estatal até a vida privada dos indivíduos. Para os cidadãos, não cabe nada, sequer o direito de pensar. São confiscados todos os meios e mecanismos de expressão do pensamento humano até papel e caneta. É proibido pensar, escrever, ter idéias, tal tarefa compete ao Estado e somente a ele. O romance 1984 é um marco. O formato e o estilo contrariam as práticas de escrita de outros romancistas da época nas quais as críticas econômicas, políticas e sociais eram secundárias nas tramas. O Sr. Orwell era um homem visionário que fazia coerentes análises críticas dos acontecimentos e dono de uma coragem e perspicácia ímpar. Vale a pena ler a primorosa obra 1984


Grande abraço

Pedro Manoel

3 comentários:

Heloísa Bazante disse...

Se eu não te conhecesse, diria que é um crítico literário profissional.

Parabéns!

Ively Almeida disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ively Almeida disse...

Gostei da lembrança ao clássico: 1984.
Os donos do poder, a elite anglo-americana, sempre influenciou e manipulou os intelectuais no mundo, a saber: os cientistas, economistas... e também os escritores. George Orwell foi um dos que, embora não abertamente, fez referência em seus escritos, de forma simbólica ou usando alegorias, as intenções de domínio da elite.
Realmente é um livro que vale a pena ler!

Bjo
Ively