
A vida é uma repetição. A exemplo do eixo da terra nos movimentos de rotação e translação dando giros e voltando ao ponto inicial e como os ciclos da natureza referentes ao nascer, crescer e morrer. E também as fases sentimentais do gostar, se apaixonar, amar e “desamar”.
O tema da repetição é mais um "gancho" (motivador desse texto) inspirado na crônica de Martha Medeiros intitulada Síndrome da Repetição. Nela a autora declara "todos temos nossas dores de estimação, nossos erros reincidentes, um caminho que parece uma infinita highway, mas é no fundo uma grande rotatória". O curioso é que freqüentemente se depara ás voltas com os mesmos problemas, ou seja, aqueles cultivados e cultuados há anos.
Frustrações e problemas mal resolvidos são as “dores” mais reincidentes e de uma forma ou de outra acabam vindo à tona. Perceber tais reincidências em si próprio dá trabalho, mas é possível. Fácil é percebê-las nos outros. Faça o teste, preste atenção naquele “chato” que repete as mesmas lamúrias e que ainda pede desculpas por ser mal compreendido. Haja paciência!
Sempre questionei os movimentos cíclicos naturais e confesso, ainda não compreendo direito sua função. Aliás, por que mesmo se tem que voltar ao ponto de partida? Prefiro acreditar que só se volta ao início quando é necessário terminar bem algo que está inacabado ou mal feito. E que a repetição é uma nova oportunidade de aprendizagem. Será?
Deixemos claro que as coisas mudam e se renovam a todo tempo, isso também é uma lei da vida! Quanto às dores de estimação na essência...
Pedro Manoel