quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ambiente de trabalho e os símbolos afetivos


Todos os dias chegam vários e-mails na minha conta, mas um deles vale a pena destacar. Merece tanta relevância que eis aqui mais um post. O e-mail é intitulado: Você se comporta bem no trabalho? Atitudes erradas podem emperrar a carreira. Com um título desses é quase impossível deixar de ler, seja lá o que for. Confesso que fiquei curioso e a primeira coisa que veio a cabeça foi descobrir o que de errado estou fazendo. Pois bem, mesmo com toda ansiedade li e reli o texto com a mente aberta, (tentei) a princípio sem pré-julgamentos ou auto-julgamentos apenas, com o intuito de apreender o conteúdo e melhorar a minha postura. Mas, como me conheço o suficiente sempre acabo fazendo alguns questionamentos. Destaco no artigo o seguinte tópico: “Outro problema com as estações de trabalho. Algumas parecem o quarto da pessoa. Têm dezenas de badulaques – de bichinhos de pelúcia a todos os tipos de porta-retrato, com fotos da pessoa na praia, segurando um copo de caipirinha. Não é uma atitude elegante poluir a estação de trabalho. Uma foto da família tudo bem, mas expor demais intimidades não é adequado”. Falando-se de comportamento no ambiente de trabalho acredito que o foco principal do e-mail deveria apontar atitudes corretas para a produtividade e a competência dos funcionários correto? Sendo assim, desde quando se mede a capacidade de alguém a partir dos enfeites que se tem na mesa de trabalho? Estariam as organizações tão preocupadas com a estética a ponto de elevá-la a condição de diferencial competitivo? Vale lembrar o exemplo da Microsoft – uma das empresas mais produtivas do mundo – lá não são avaliadas as vestimentas, bancadas de trabalho, cor de cabelo ou de sapato... Pelo contrário, a liberdade de expressão é estimulada e vista como aliada direta da criatividade. E, por conseguinte dos resultados, aliás, bons resultados da empresa. Não é a toa que Bill Gates é o maior visionário empresarial dos últimos tempos. Não precisa ser nenhum expert para perceber que ambientes de trabalho herméticos e sisudos só gera opressão, estagnação intelectual e descontentamento. Ao contrário de lugares abertos ao diálogo, simpático a cores alegres e aos objetos que lembram momentos felizes. Aliás certos objetos de decoração (símbolos) são grandes motivadores, pois vinculam o colaborador a sua essência além das fronteiras do trabalho. É à força da simbologia afetiva, no qual muitas vezes, aquela simples foto na bancada é um elo de ligação presente, ali às vistas. O consentimento dos empregadores para permanência desses símbolos afetivos fortifica os laços de cooperação, e contribui com a idéia de integração empresa-colaborador, do fazer parte e de que se é importante para empresa. Contudo não esquecemos aqui do bom senso e da razoabilidade do comportamento no ambiente de trabalho tudo na medida certa sem se deixar cair nas armadilhas de códigos opressores de ética e agora também de estética.
Pedro Manoel

9 comentários:

Milton Carvalho disse...

Sempre que eufaço os meus comentários de e-mails, blogs e outros textos que encontramos na internet, gosto de comentá-los me detendo aos mínimos detalhes do post.

Este, porém, é um texto que nos remete a uma reflexão, onde o meu comentário será reduzido a duas únicas palavras:

DO CARVALHO! Ops...

Anônimo disse...

Pedrinho
Faço minhas as suas palavras, concordo com você em gênero, número e grau. Hoje em dia num mundo globalizado, as empresas,ou melhor os gestores tem que estar sempre buscando fórmulas inovadoras de motivar a equipe, pois a maior parte do tempo o empregado passa dentro da empresa. Equipe motivada ganha a empresa e o empregado. O empregado não quer apenas seu salário no final do mês e receber críticas e mais crítica, muitas vezes sem sentido, quer também ser elogiado, valorizado profissionalmente, porém infelizmente tem gestores que ainda estão utilizando-se de métodos arcaicos de administração, estão vivendo ainda no passado. Que pena, não?
Pollyanna

Anônimo disse...

Parabéns Pedro

Prefaciando ainda o artigo "Você se comporta bem no trabalho?" Acredito que não só respeito, confiança e regras básicas de etiqueta são conquistas indispensáveis para quem quer ascender profissionalmente existem outros fatores
1. Ser objetivo, justo e basear em fatos: Nada melhor. Ou seja, ser objetivo, direto ao ponto, sem rodeios, sem frescuras e basear suas decisões em fatos não em conversas. Muitos gestores criam uma “panelinha” em volta de si e acreditam apenas nas informações trazidas por estes colegas
2. Deixar a sua equipe participar das decisões difíceis: Muito importante. Contar com o apoio da equipe é fundamental em épocas difíceis. Algumas ideías simples podem gerar resultados fantásticos
3. Fale com frequência - e pessoalmente: Muitas vezes a comunicação é falha. Bastava uma ligação, uma simples ordem direta e pronto, tudo resolvido. Mas, a direção muitas vezes age como se o funcionário soubesse do que se trata e na verdade não sabe.Converse francamente com seus funcionários com um sorriso aberto, cumprimentando toda a equipe e ouvindo um pouco seus anseios. Fale! Não mande e-mails! Muitas vezes os gestores passam o tempo inteiro em suas salas fechadas disparando ordens por e-mails, bilhetes, ordenando a um para ordenar para outro, ou seja, a comunicação é sempre indireta. Esta é uma atitude líder!
4. Seja você mesmo: Muitas vezes para termos tempo somos duros, fechamos a cara, etc. Seja você mesmo! Curta a vida enquanto trabalha. Não quer dizer ir trabalhar de pijama, mas quer dizer que um sorriso não faz mal a ninguém.
5. Do direito das demissões: Se tiver que demitir, o faça com propriedade, informando a equipe sobre o porque de fazê-lo
É o líder que consegue atingir e superar os resultados desejados pela organização, através de uma equipe motivada e feliz.





Finalmente acredito que: nem sempre podemos ascender profissionalmente, e deslanchar na carreira, pois outros valores são agregados a este status. O importante é a certeza que estamos fazendo um ótimo trabalho, e sendo honestos conosco
Arlete

Cristiane Alberto disse...

Pedrinho,

Ao ler sua reflexão sobre o texto "Você se comporta bem no trabalho?", do Administradores.com (http://bit.ly/bxUn6E), imediatamente pensei em Coco Chanel. Primeiro porque você é uma das pessoas mais coerentes e discretas que conheço em se tratando de comportamento no ambiente de trabalho e em segundo porque me lembrei de uma frase dela que diz: " Elegância é recusar." Mas recusar o quê? O exagero. No ambiente de trabalho, assim como na vida, o exagero pode ser o maior de todos os pecados.

Que texto, heim?! Max Gehringer que se cuide! kkkkkkk

Beijos.
Cris.

Unknown disse...

Pedro,
Mais uma vez você foi brilhante com suas ideias, me fez lembrar de um artigo (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI164680-16165,00.html)que li na revista Época, sobre as 100 melhores empresas para trabalhar no Brasil, e o 1º lugar foi o Google, onde a informalidade e a descontração é uma exigência para todos os chefes, inclusive o funcionário novato recebe R$ 100 para decorar sua estação de trabalho. Enfim,o que importa mesmo é você se sentir bem, satisfeito e estimulado no seu ambiente de trabalho para produzir e colaborar. Que sejam felizes.
Um grande abraço,
Andréa

Srta. Simoninha disse...

Nossa! O que dizer de tão nobre texto?
O que tem nessas linhas escritas por você meu amigo, é de fato o símbolo do Pedro Manoel, honesto, franco, sensato, humilde, mas muito "DISCRETO".
O "NÃO" aparece assim na sua vida: sem pecados e sem culpas...
À luz da sua existencia sei que nestes símbolos afetivos criados por "você", o principal é a chave, e só quem merece a tem Pedrinho...
E eu também ganhei de você essa chave...

"Se eu não estiver para servir, de nada adiantará o que aprendi".

De muita serventia seu blog, seu texto e sua existencia Pedrinho. Parabéns.
Simoninha.

Unknown disse...

Pedro,

Parabéns. Como tudo que você faz, perfeito o seu texto. Cada vez melhor sua forma coerente de expressar opiniões.

Beijos
Neide

Renato Cunha disse...

Pedro,

Desculpe-me... Caí de para-quedas no teu blog e foi inevitável ler alguns posts. Primeiro, deixe-me elogiar pela boa fluência e coesão das idéias. No entanto, se me permite, devo discordar do método de abordagem e, sobretudo, do exemplo utilizado para servir como paradigma. É fato que dissentimos quanto à abordagem. A Microsoft não é o modelo-regra-padrão para todas as empresas. O que dá certo por lá, não servirá necessariamente em todas as empresas, mesmo as empresas de tecnologia onde permitem-se códigos de conduta digamos, mais maleáveis. O que você fez, permita-me a liberdade, foi utilizar-se do casuísmo. A IBM funciona como a Microsoft? E a Apple? Penso que não necessariamente... E o fato de não funcionarem como funciona a empresa de Bill Gates implica dizer que não têm a mesma produtividade (que aliás é discutível. Copiar a concorrência é ser produtivo e inventivo? Penso que não).

Minha discordância restringe-se a esse aspecto. Pra mim, a regra que vale pra uma nem sempre vale pra outra.

Mas meus parabéns pelo artigo e pelo blog.

Um grande abraço.

Carlos Vieira disse...

Pedrinho, parabéns pelo belíssimo texto...
É verdade que a IBM e a APPLE são empresas que não adotam o padrão MICROSOFT, mas fica a pergunta: Em qual empresa eu gostaria de trabalhar? Bom, para mim, lógico que a MICROSOFT, até porque, tenho uma foto de sunga numa praia paradisíaca do Nordeste em cima da minha bancada de trabalho e praticamente uma biblioteca particular em minha sala... kkkkkkkkkkkkkk

Em qual empresa você gostaria de trabalhar: A C....... ou a Microsoft? RESPONDA