segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cristo: entre a lei e o fisco

Cassem o incrédulo! Diziam os doutores da Lei. Prendam o sonegador de impostos! Bradavam os romanos. Praticar um dos desses atos na Judéia já seria um crime. Os dois então: sentença de morte.

A Judéia, em plena dominação do império romano, sofria com a opressão e altas cobranças de impostos. Apesar disso, os judeus como povo religioso que era, seguia a risca as leis de Moisés. O “olho por olho e o dente por dente” era a lei mais incisiva delas. Quem não a observasse era considerado criminoso da fé.

Crime grave também era a sonegação de impostos. Os judeus tinham verdadeira aversão ao fisco. E Roma era implacável na cobrança. Afinal de contas era preciso manter os luxos do império em plena ascensão. Qualquer negativa ao pagamento era considerado inimigo de Roma e criminoso do estado.

Naquela época surge nas ruas de Jerusalém um jovem encantador que trazia boas novas ao povo oprimido. Seu nome era Jesus. Ele dizia que o reino de Deus está próximo. Nos sermões pregava: “perdoar aos inimigos” e “amar ao próximo como a si mesmo”. Curava os doentes do corpo e da alma. Restaurava a auto-estima do povo. E falava de justiça imparcial. As idéias de Jesus abalaram as estruturas dogmáticas da lei mosaica. E o império romano viu surgir o Rei (líder) do povo judeu. Capaz de levá-los a terra prometida (liberdade). Questionado, Jesus declara aos doutores do templo, “Não vim para destruir a lei...” e acrescentou “Meu reino não é desse mundo”. Para Roma bradou: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Em vão nada disso mais importava.

Jesus era uma ameaça ao poder. Era preciso conter a revolta do povo e manter a “paz” no império. Jesus foi sacrificado. Nunca esquecido. Sua mensagem de esperança, fé e liberdade perduram até hoje. Ave Cristo!
Pedro Manoel

Um comentário:

Jane disse...

De todos os textos teus que já li, esse foi o que mais me encantou.