Por volta das 23h do dia 25/06/2009 William Vaack, apresentador do Jornal da Globo, anuncia a morte do cantor e Pop Star Michael Jackson. Na apresentação da notícia fúnebre o jornalista declara que consultou o nome do cantor no site de buscas Google com a finalidade de verificar o índice de popularidade de Michael. O jornalista informou que a busca totalizou cerca de 75 milhões de ocorrências em comparação a 35 milhões do termo Beatles (banda). Naquele momento verificou-se a importância do referido site para medir certos níveis de popularidade. No dia seguinte, outra repórter cita o mesmo exemplo de consulta ao Google, dessa vez, valorizando ainda mais e equiparando a busca a uma pesquisa mais formal. Os cidadãos com um mínimo de informação e de prática na Internet perceberam o despropósito da notícia, pois a busca no Google é apenas uma consulta e não uma pesquisa formal que engloba as mais diversas variáveis de um tema. Entre Michael Jackson e os Beatles há distinções colossais, a começar por se tratarem de ídolos de épocas distintas. No caso dos Beatles, no auge da fama não existia Internet, sites de buscas, Orkut... Já Michael viu a “Net” e o Google nascerem e crescerem juntamente com seu sucesso. Outro agravante para a defasagem na pontuação dos Beatles é que o grupo se desfez há anos, dessa forma, não há sucessos recentes capazes de gerar ocorrências nos sites de buscas. Também não há tantas notícias dos Beatles na mídia eletrônica como o Sr. Jackson. Por sua vez, Michael é um super star contemporâneo, recordista isolado na venda de discos, CDs e de escândalos. Um item decisivo para a expressiva pontuação de Michael, é que a busca no google foi feita justamente com a revelação da morte repentina do astro deixando uma legião de fãs ansiosos por notícias. Enfim... Cremos que esses são alguns pontos, dentre tantos, a serem explorados numa “consulta de popularidade” para só então ser anunciado em um telejornal de grande audiência. A Internet é sem dúvida uma facilitadora na busca de informações, mas não é um fim isolado em si mesmo. Estamos atentos às notícias senhores informantes.
Pedro Manoel
Espaço demócrático para exposição de "idéias virtuais" com considerações reais. Faça seus comentários, juntos criaremos novos pensamentos, olhares e visões de temas variados. Discutir é sempre enriquecedor, compartilhar informações também!
sexta-feira, 26 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Atos secretos do Senado Federal
Temos mais um escândalo político para aumentar as estatísticas brasileiras de corrupção. A novidade vem do Senado Federal. Trata-se dos atos secretos - medida usada para criar cargos ou aumentar salários sem conhecimento público. Segundo a Folha On-line no artigo Senado escondeu atos secretos de propósito, afirma funcionário “Entre 1995 e 2009, o Senado editou 623 atos secretos”. Sorrateiramente e a bel prazer são distribuídos pelos senadores cargos a parentes e partidários aliados. Como os atos são secretos fica impossível à fiscalização pública. Desta forma, os senadores utilizam tal instrumento para legalizarem a corrupção e o nepotismo na instituição. Configura-se, portanto uma corrupção institucional. Sabe-se que os atos secretos são ocultos apenas para o público, mas não o são para os chefes dos poderes legislativo, executivo e judiciário do Brasil. Sendo assim, cabe a pergunta: A quantas anda a fiscalização do Senado ? Outro aspecto observado são os orçamentos anuais altíssimos, que muitas vezes, a instituição não consegue gastar durante o exercício. Diante da fartura os senadores “distribuem” o excedente como bonificações extras entre funcionários, isso só para não voltar o restante do orçamento para os cofres públicos. Quanto desrespeito com os eleitores desse país! Mesmo com tantos escândalos políticos ainda nos espantamos diante de tanto descaso com o Brasil. Comparamos a corrupção na política brasileira a escavação de um poço no qual sempre há espaço para cavar e aparenta não ter fim.
Pedro Manoel
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Compreendendo o amor...
De certa forma fui “desafiado” a escrever alguma coisa sobre o Amor por ocasião do dia dos namorados. Confesso que fiquei incomodado, primeiro por me sentir desafiado e depois por falar algo sobre um tema tão complexo. Já é sabido que desde o começo da humanidade que o tema é explorado e até hoje tudo que já foi falado, escrito e cantado são meras especulações. Não há um consenso entre os estudiosos e interessados no assunto. Arrisco em opinar que o problema está na tentativa de padronizar a definição do termo. Tarefa vã, pois tal como o sentir, cada pessoa enxerga o amor de acordo com a suas vivências amorosas. Desta forma, escolhi um pensamento para fazer uma modesta análise sobre um aspecto do amor: a capacidade de compreensão. Segundo o respeitável escritor francês Marcel Proust “Desejamos ser compreendidos porque desejamos ser amados, e desejamos ser amados porque amamos”. A compreensão é algo implícito nos relacionamentos, algo que se deseja e se busca no ser amado, mas só a encontramos nas pessoas que verdadeiramente nos ama. Quando se percebe no outro a compreensão logo se desperta laços crescentes de amizade e amor. Muitos dos romances duradouros são justamente aqueles que mutuamente se compreendem e estão dispostos a se amar. Na segunda frase do pensamento de Proust que diz: desejamos ser amados porque amamos, nada mais é do que uma relação de reciprocidade condicional. Quando amamos desejamos ser amados e isso é maravilhoso! O verdadeiro amor causa um efeito multiplicador, pois quem ama deseja que outros também o façam. É triste saber que muitos amores acabam por falta de compreensão mútua. Esclarecemos que compreender não é aceitar cega e incondicionalmente o outro, mas é enxergar o outro com se é sem pré-julgamentos e condenações. E o amor... Citando, parafraseando, ou melhor “Proustiando” amamos porque compreendemos e compreendemos porque amamos. Feliz dia dos namorados.
Pedro Manoel
Pedro Manoel
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Público X Privado nas Empresas
As organizações são sistemas dinâmicos em constantes transformações. Cada empresa possui sua cultura organizacional que é formada por políticas próprias, valores éticos, princípios e crenças... Segundo Gramigna (2007) no artigo O jogo da ética na empresa “nossas crenças determinam nosso comportamento na vida e na empresa”. Em ambientes de trabalho, não raro, ainda se encontram indivíduos com crenças de posse e exclusividade de procedimentos e objetos laborais. Nessa linha de raciocínio, ocorre certa confusão na distinção do que é público e o que é privado nas organizações. Por bens públicos entende-se tudo aquilo que serve para o uso comum de todos na empresa. Isso inclui desde os manuais de serviço, móveis, equipamentos (computadores e impressoras) até papel e caneta, ou seja, todos os meios e mecanismos para desempenho das atividades. E por bens privados consideram-se aqueles exclusivamente pessoais e que necessariamente a equipe de trabalho não dependa para realização das tarefas. O conflito organizacional se estabelece quando os indivíduos, baseados em suas crenças pessoais, tomam para si o que é público e não compartilham com os demais envolvidos do sistema produtivo. Conseqüentemente há sérias animosidades, obstrução no fluxo das tarefas e queda no desempenho organizacional. A crença de posse, em certos casos, evolui e pode desencadear herméticas posturas de dominação, centralização e autoritarismo organizacional. Com a continuação do problema a empresa torna-se excessivamente burocrática e lenta, engessada em processos que por si só não se justificam. A solução para o “fenômeno da crença da possessividade organizacional” requer uma sincera e constante política de auto-análise dos procedimentos e posturas da empresa e de cada indivíduo envolvido.
Pedro Manoel.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Meio ou Inteiro Ambiente?
Estamos na Semana do meio ambiente. E no dia cinco de junho de 2009 é comemorado o dia mundial. A data é propícia para discussão dos rumos que o planeta está tomando. Pois freqüentemente ocorrem as tragédias advindas dos fenômenos da natureza. No Brasil destacam-se, com certa periodicidade, as enchentes no norte e nordeste e as secas no sul e sudeste ambas acompanhadas com muitas vítimas e prejuízos irreparáveis. Há também a destruição da Amazônia e as queimadas no Pantanal Mato-grossense juntamente com a emissão de gás carbônico. Todos esses efeitos da natureza não são novidades no Brasil. Como também não é novidade a inércia das autoridades governamentais brasileiras frente a esses problemas. Não há uma política preventiva eficaz para tais questões. Constata-se: que as barragens estouradas no Pará e no Piauí, no mês de maio, não foram devidamente inspecionadas, que a política de coibição do desmatamento e exploração da Amazônia é ineficiente. Há mais serralheiros do que fiscais do Ibama. E no nordeste a defesa civil não é devidamente treinada para casos de inundações. E quanto ao sul e sudeste ainda acredita-se que a seca é um fenômeno esporádico e caprichoso da natureza. As políticas de proteção ambiental no Brasil são tratadas com pouca seriedade. Bem como, o uso dos recursos científicos e tecnológicos disponíveis ignorados. Grande parte dos chamados “problemas ambientais” brasileiros é previsível e, portanto de possível solução. Deve-se tratar o ambiente por inteiro e não apenas o meio. A hora é agora ou se muda a forma de tratarmos o planeta ou nos mudamos para outro.
Pedro Manoel
Pedro Manoel
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