sexta-feira, 26 de junho de 2009

Notícias em telejornais X Informações no Google: o caso do Pop Star Michael Jackson

Por volta das 23h do dia 25/06/2009 William Vaack, apresentador do Jornal da Globo, anuncia a morte do cantor e Pop Star Michael Jackson. Na apresentação da notícia fúnebre o jornalista declara que consultou o nome do cantor no site de buscas Google com a finalidade de verificar o índice de popularidade de Michael. O jornalista informou que a busca totalizou cerca de 75 milhões de ocorrências em comparação a 35 milhões do termo Beatles (banda). Naquele momento verificou-se a importância do referido site para medir certos níveis de popularidade. No dia seguinte, outra repórter cita o mesmo exemplo de consulta ao Google, dessa vez, valorizando ainda mais e equiparando a busca a uma pesquisa mais formal. Os cidadãos com um mínimo de informação e de prática na Internet perceberam o despropósito da notícia, pois a busca no Google é apenas uma consulta e não uma pesquisa formal que engloba as mais diversas variáveis de um tema. Entre Michael Jackson e os Beatles há distinções colossais, a começar por se tratarem de ídolos de épocas distintas. No caso dos Beatles, no auge da fama não existia Internet, sites de buscas, Orkut... Já Michael viu a “Net” e o Google nascerem e crescerem juntamente com seu sucesso. Outro agravante para a defasagem na pontuação dos Beatles é que o grupo se desfez há anos, dessa forma, não há sucessos recentes capazes de gerar ocorrências nos sites de buscas. Também não há tantas notícias dos Beatles na mídia eletrônica como o Sr. Jackson. Por sua vez, Michael é um super star contemporâneo, recordista isolado na venda de discos, CDs e de escândalos. Um item decisivo para a expressiva pontuação de Michael, é que a busca no google foi feita justamente com a revelação da morte repentina do astro deixando uma legião de fãs ansiosos por notícias. Enfim... Cremos que esses são alguns pontos, dentre tantos, a serem explorados numa “consulta de popularidade” para só então ser anunciado em um telejornal de grande audiência. A Internet é sem dúvida uma facilitadora na busca de informações, mas não é um fim isolado em si mesmo. Estamos atentos às notícias senhores informantes.
Pedro Manoel

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Atos secretos do Senado Federal


Temos mais um escândalo político para aumentar as estatísticas brasileiras de corrupção. A novidade vem do Senado Federal. Trata-se dos atos secretos - medida usada para criar cargos ou aumentar salários sem conhecimento público. Segundo a Folha On-line no artigo Senado escondeu atos secretos de propósito, afirma funcionário “Entre 1995 e 2009, o Senado editou 623 atos secretos”. Sorrateiramente e a bel prazer são distribuídos pelos senadores cargos a parentes e partidários aliados. Como os atos são secretos fica impossível à fiscalização pública. Desta forma, os senadores utilizam tal instrumento para legalizarem a corrupção e o nepotismo na instituição. Configura-se, portanto uma corrupção institucional. Sabe-se que os atos secretos são ocultos apenas para o público, mas não o são para os chefes dos poderes legislativo, executivo e judiciário do Brasil. Sendo assim, cabe a pergunta: A quantas anda a fiscalização do Senado ? Outro aspecto observado são os orçamentos anuais altíssimos, que muitas vezes, a instituição não consegue gastar durante o exercício. Diante da fartura os senadores “distribuem” o excedente como bonificações extras entre funcionários, isso só para não voltar o restante do orçamento para os cofres públicos. Quanto desrespeito com os eleitores desse país! Mesmo com tantos escândalos políticos ainda nos espantamos diante de tanto descaso com o Brasil. Comparamos a corrupção na política brasileira a escavação de um poço no qual sempre há espaço para cavar e aparenta não ter fim.
Pedro Manoel

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Compreendendo o amor...

De certa forma fui “desafiado” a escrever alguma coisa sobre o Amor por ocasião do dia dos namorados. Confesso que fiquei incomodado, primeiro por me sentir desafiado e depois por falar algo sobre um tema tão complexo. Já é sabido que desde o começo da humanidade que o tema é explorado e até hoje tudo que já foi falado, escrito e cantado são meras especulações. Não há um consenso entre os estudiosos e interessados no assunto. Arrisco em opinar que o problema está na tentativa de padronizar a definição do termo. Tarefa vã, pois tal como o sentir, cada pessoa enxerga o amor de acordo com a suas vivências amorosas. Desta forma, escolhi um pensamento para fazer uma modesta análise sobre um aspecto do amor: a capacidade de compreensão. Segundo o respeitável escritor francês Marcel Proust “Desejamos ser compreendidos porque desejamos ser amados, e desejamos ser amados porque amamos”. A compreensão é algo implícito nos relacionamentos, algo que se deseja e se busca no ser amado, mas só a encontramos nas pessoas que verdadeiramente nos ama. Quando se percebe no outro a compreensão logo se desperta laços crescentes de amizade e amor. Muitos dos romances duradouros são justamente aqueles que mutuamente se compreendem e estão dispostos a se amar. Na segunda frase do pensamento de Proust que diz: desejamos ser amados porque amamos, nada mais é do que uma relação de reciprocidade condicional. Quando amamos desejamos ser amados e isso é maravilhoso! O verdadeiro amor causa um efeito multiplicador, pois quem ama deseja que outros também o façam. É triste saber que muitos amores acabam por falta de compreensão mútua. Esclarecemos que compreender não é aceitar cega e incondicionalmente o outro, mas é enxergar o outro com se é sem pré-julgamentos e condenações. E o amor... Citando, parafraseando, ou melhor “Proustiando” amamos porque compreendemos e compreendemos porque amamos. Feliz dia dos namorados.
Pedro Manoel

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Público X Privado nas Empresas


As organizações são sistemas dinâmicos em constantes transformações. Cada empresa possui sua cultura organizacional que é formada por políticas próprias, valores éticos, princípios e crenças... Segundo Gramigna (2007) no artigo O jogo da ética na empresa “nossas crenças determinam nosso comportamento na vida e na empresa”. Em ambientes de trabalho, não raro, ainda se encontram indivíduos com crenças de posse e exclusividade de procedimentos e objetos laborais. Nessa linha de raciocínio, ocorre certa confusão na distinção do que é público e o que é privado nas organizações. Por bens públicos entende-se tudo aquilo que serve para o uso comum de todos na empresa. Isso inclui desde os manuais de serviço, móveis, equipamentos (computadores e impressoras) até papel e caneta, ou seja, todos os meios e mecanismos para desempenho das atividades. E por bens privados consideram-se aqueles exclusivamente pessoais e que necessariamente a equipe de trabalho não dependa para realização das tarefas. O conflito organizacional se estabelece quando os indivíduos, baseados em suas crenças pessoais, tomam para si o que é público e não compartilham com os demais envolvidos do sistema produtivo. Conseqüentemente há sérias animosidades, obstrução no fluxo das tarefas e queda no desempenho organizacional. A crença de posse, em certos casos, evolui e pode desencadear herméticas posturas de dominação, centralização e autoritarismo organizacional. Com a continuação do problema a empresa torna-se excessivamente burocrática e lenta, engessada em processos que por si só não se justificam. A solução para o “fenômeno da crença da possessividade organizacional” requer uma sincera e constante política de auto-análise dos procedimentos e posturas da empresa e de cada indivíduo envolvido.
Pedro Manoel.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Meio ou Inteiro Ambiente?


Estamos na Semana do meio ambiente. E no dia cinco de junho de 2009 é comemorado o dia mundial. A data é propícia para discussão dos rumos que o planeta está tomando. Pois freqüentemente ocorrem as tragédias advindas dos fenômenos da natureza. No Brasil destacam-se, com certa periodicidade, as enchentes no norte e nordeste e as secas no sul e sudeste ambas acompanhadas com muitas vítimas e prejuízos irreparáveis. Há também a destruição da Amazônia e as queimadas no Pantanal Mato-grossense juntamente com a emissão de gás carbônico. Todos esses efeitos da natureza não são novidades no Brasil. Como também não é novidade a inércia das autoridades governamentais brasileiras frente a esses problemas. Não há uma política preventiva eficaz para tais questões. Constata-se: que as barragens estouradas no Pará e no Piauí, no mês de maio, não foram devidamente inspecionadas, que a política de coibição do desmatamento e exploração da Amazônia é ineficiente. Há mais serralheiros do que fiscais do Ibama. E no nordeste a defesa civil não é devidamente treinada para casos de inundações. E quanto ao sul e sudeste ainda acredita-se que a seca é um fenômeno esporádico e caprichoso da natureza. As políticas de proteção ambiental no Brasil são tratadas com pouca seriedade. Bem como, o uso dos recursos científicos e tecnológicos disponíveis ignorados. Grande parte dos chamados “problemas ambientais” brasileiros é previsível e, portanto de possível solução. Deve-se tratar o ambiente por inteiro e não apenas o meio. A hora é agora ou se muda a forma de tratarmos o planeta ou nos mudamos para outro.
Pedro Manoel