segunda-feira, 8 de junho de 2009

Público X Privado nas Empresas


As organizações são sistemas dinâmicos em constantes transformações. Cada empresa possui sua cultura organizacional que é formada por políticas próprias, valores éticos, princípios e crenças... Segundo Gramigna (2007) no artigo O jogo da ética na empresa “nossas crenças determinam nosso comportamento na vida e na empresa”. Em ambientes de trabalho, não raro, ainda se encontram indivíduos com crenças de posse e exclusividade de procedimentos e objetos laborais. Nessa linha de raciocínio, ocorre certa confusão na distinção do que é público e o que é privado nas organizações. Por bens públicos entende-se tudo aquilo que serve para o uso comum de todos na empresa. Isso inclui desde os manuais de serviço, móveis, equipamentos (computadores e impressoras) até papel e caneta, ou seja, todos os meios e mecanismos para desempenho das atividades. E por bens privados consideram-se aqueles exclusivamente pessoais e que necessariamente a equipe de trabalho não dependa para realização das tarefas. O conflito organizacional se estabelece quando os indivíduos, baseados em suas crenças pessoais, tomam para si o que é público e não compartilham com os demais envolvidos do sistema produtivo. Conseqüentemente há sérias animosidades, obstrução no fluxo das tarefas e queda no desempenho organizacional. A crença de posse, em certos casos, evolui e pode desencadear herméticas posturas de dominação, centralização e autoritarismo organizacional. Com a continuação do problema a empresa torna-se excessivamente burocrática e lenta, engessada em processos que por si só não se justificam. A solução para o “fenômeno da crença da possessividade organizacional” requer uma sincera e constante política de auto-análise dos procedimentos e posturas da empresa e de cada indivíduo envolvido.
Pedro Manoel.

Um comentário:

Ively Almeida disse...

Pessoas que confundem o público com o privado, geralmente são aquelas preocupadas apenas com seus interesses, elas defendem seus próprios valores pessoais, não pensam no coletivo.

Parabéns pelo texto, este assunto é sempre pertinente.

Bjo
Ively