sexta-feira, 24 de julho de 2009

À mestra Susana Schmidt: saudades


“Que é que há einh?!!” Esse era o bordão que a professora Susana Schmidt utilizava para pedir silêncio na sala de aula. Quando ela falava com seu vozeirão e característico sotaque sulista todos prestava atenção. Era praticamente impossível desviar o olhar daquela figura imponente, alta, esguia, loira, olhos verdes, às vezes azuis não sei ao certo. Na sala de aula dominava com maestria as disciplinas que lecionava. De personalidade marcante algumas vezes, demonstrava irritação a certas perguntas tolas dos alunos, mas nunca deixava de respondê-las. Ainda lembro da primeira vez que a vi nos corredores do Centro de Artes e Comunicação... “Bom dia senhores!” Bom dia, respondo eu e mais dois colegas de curso. Ao passar fiquei meio "intrigado" e pensei comigo mesmo, que figura! Pouco depois, Suzana entrava justamente na sala para nos dar a primeira aula. Schimidt nos ensinou mais dois períodos no curso de Biblioteconomia. Hoje ao abrir o e-mail, fiquei surpreso com a notícia de seu falecimento. Passado o susto, me peguei saudoso dos tempos de faculdade e das aulas de Susana. Depois da formatura não tive muitos contatos com a professora, mas sempre que lembrava da época da graduação, do departamento de Ciência da Informação, dos professores, lembrava da Sra. Schimidt. Lembro de Susana principalmente como exemplo de mestre e de pessoa humana e essa é a imagem que ficará. Obrigado mestra. Saiba que você cumpriu com sua missão na arte e no ofício de ensinar. Saudades. Descanse em paz.
Pedro Manoel

4 comentários:

Heloísa Bazante disse...

Muito bonita crônica, Pedro. Parabéns!

Cristiane Alberto disse...

Pedrinho,

muito emocionante seu depoimento sobre nossa Mestra. Ela era realmente uma figura ímpar. Gosto de me lembrar dela, com aquele chapelão passeando pelo Campus, imponente, linda e doce. Doce????? Alguns dirão: doce???? Sim, muito doce. Não desses doces enjoativos, melados demais, que já na segunda colherada dá náuseas, mas doce na medida certa, no tempo certo.

Ela sabia como ninguém ser flor e espinho. Pai que bota na linha e mãe que dá um jeitinho.

Professora e amiga, muito amada.

Saudades.

Pra você, um beijão pelo post lindo. Pra ela, um... inté.

Oriana GGomes disse...

Concordo com você, Pedro! Ela sabia como prender nossa atenção, e olha que não era fácil, viu? O pouco tempo que tive ao lado dessa figura aprendi muita coisa. O seu ar altivo, dizia tudo! Que figura intrigante, e brilhante! Sei que ficaram alguns projetos pelo caminho que amigos e companheiros irão terminar. Perde-se mais uma importante bibliotecária. Não posso deixar de mencionar Maria José (Zezé), a mãe de Tiago. Ela foi a culpada por minha escolha ter sido Biblioteconomia. Obrigada, viu?

Aline Umann disse...

Pedro, sei que faz quase dois anos desde esse post sobre Susana...devo concordar com você em TUDO o que disse sobre ela...essa mulher maravilhosa fez parte da minha vida, sendo membro de minha família, porém só tive contato com ela aos 8 anos de idade, quando ela veio nos visitar aqui em Bauru-SP. Só convivi com ela por 10 dias e, depois disso, ela NUNCA MAIS se esqueceu de mim...lamentei muito seu falecimento porque tinha muita vontade de reencontrá-la novamente. A vida não permitiu, mas dá a nós uma belissima lembrança de como Susana era maravilhosa e, agora, se torna imortal na nossa memória. Obrigada por ter se lembrado de homeageá-la... Até mais, um abraço!