sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pensamentos, palavras, omissões e internet... Minha culpa! Minha máxima culpa!

Escrever não é uma tarefa das mais fáceis. Digo: escrever com conteúdo, com coerência e verdadeiramente com algo a dizer! Com a internet e a explosão dos blogs, sites de relacionamentos e o Twitter qualquer um pode escrever o que quiser. Do ponto de vista da liberdade de expressão, isso é maravilhoso e viva a democracia. Isso é inquestionável! Faço aqui uma reflexão a respeito da história da humanidade e seus escritos – que me permitam os historiadores de plantão – trata-se apenas de uma inquietação recorrente. Pois bem, daqui a um tempo se analisarmos os registros escritos dessa época o que teremos para contar para a posteridade? Se observarmos como exemplo o fenômeno do blog de uma ex-garota de programa que fala de suas peripécias sexuais ou os dos Twitters de certos artistas que servem como instrumento de promoção do seu principal produto: a imagem. Nada contra os “blogueiros e twiteiros”, questionamos apenas certos conteúdos informacionais oferecidos. Seguindo uma linha de um “raciocínio historiográfico” observamos que o homem adora dividir sua história em épocas e sendo assim, a internet não foge a regra dessas divisões. Desta forma, estamos vivendo a era da Web 2.0 na qual os usuários deixaram de ser apenas leitores da internet e passaram a ser produtores de informação. Digo mais uma vez: de todo tipo de informação! E haja notícias sem fundamento, fofocas gratuitas, depoimentos sexuais de celebridades, promoção de produtos sem utilidade e até pesquisas ditas científicas um tanto quanto duvidosas. Como toda época tem um começo, meio e fim e por sua vez, como há sempre os futurólogos de plantão, esses já prevêem o advento da Web 3.0, 4.0. 5.0... E que venham essas novas versões e venham com força! Só espero que numa dessas apareça uma Web feita por pessoas que tenham realmente algo a dizer e a informar. E tenho dito! Minha culpa! Minha máxima culpa!
Pedro Manoel

sábado, 27 de março de 2010

Por que gostamos de histórias, estórias, contos etc?


Era uma vez.... Naquele tempo... Certa feita... Tais frases, como mágica, despertam a curiosidade e prendem a atenção do espectador. Curiosamente essas sentenças ao serem declamadas sabe-se que logo virá uma história boa ou não isso não importa, o importante mesmo é o fascínio despertado. Ao contrário do que se pensa das histórias o que mais fascina não é o irreal - a fantasia - mas justamente o contrário, a semelhança com a realidade. Já é sabido de antemão que nos contos de fadas os finais felizes são garantidos, certo? Mas até chegar o final do enredo os protagonistas passam por agruras e intempéries frutos da ação dos oponentes. Há um caminho no qual se trava uma verdadeira batalha entre o bem e o mal, mas o “The end” é sempre feliz. Esse “formato” de história vai desde a literatura infantil passa pelos Best selleres, chega aos clássicos da literatura universal, alcança o teatro, a televisão e o cinema. E de tanto êxito já se perpetua por séculos. E o segredo do sucesso está justamente na certeza de que no final da história vai dar tudo certo. Trazendo os contos para a realidade (cotidiano) destaca-se o papel dos finais felizes, quão importantes são! Todos os dias às 20h e 30 min. milhões de espectadores se debruçam em frente da televisão para torcer pelos mocinhos das novelas e vibrarem com as derrotas dos vilões! Ver, ouvir e ler finais felizes funciona como uma espécie de alavanca motivadora para esperanças reais e o fortalecimento da crença do triunfo do bem e da justiça. É como se fosse uma declaração pessoal intrínseca: “ Se a Helena (da novela) venceu eu também posso!” Podemos desta forma entender o sucesso de bilheteria mundial do filme Avatar que tirando os efeitos especiais surpreendentes, a história é bastante medíocre. Trata-se de um enredo com apelos ecológicos ingênuos, seres surreais, amores impossíveis, vilões implacáveis e claro: finais felizes! Apesar de tudo isso é um sucesso. É fascinante participar das vitórias, mesmo que seja na fantasia, ajuda a acreditar que também somos capazes de sonhar, de desejar e lutar pelos sonhos, mesmo correndo o risco de ser piegas. Era uma vez...
Pedro Manoel

quarta-feira, 3 de março de 2010

And the Oscar goes to... : a arte imita a vida ?


Dia sete de março teremos mais uma edição do Oscar 2010, a premiação norte americana para os melhores do cinema. Diante das incessantes chamadas televisivas sobre o evento me peguei divagando sobre os melhores filmes que assisti em 2009. E um deles especialmente me chamou atenção: O Leitor, o qual foi indicado ao prêmio em cinco categorias, levando o Oscar de melhor atriz. Não vou aqui falar do enredo - não cometerei essa gafe - quero registrar apenas que desse filme pode-se tirar grandes lições. O Leitor apresenta uma história com temas paralelos relacionados e igualmente ricos em experiências humanas. Um dos temas trata do julgamento de agentes alemães acusadas pela morte de dezenas de mulheres judias confinadas numa igreja católica na Europa em plena Segunda Guerra Mundial. A batalha no tribunal gira em torno da questão de quem é a culpa pelos crimes se, dos executores (agentes) ou do mandante (tenentes, capitães, generais etc)? O filme é envolvente e prende a atenção ao mesmo tempo em que faz o espectador refletir sobre as condições humanas de discernimento diante da execução de uma ordem. Aproveitando o tema, sem nos distanciarmos da realidade, nos valendo do paradigma realidade/fantasia e trazendo a discussão para o ambiente organizacional trabalhista o drama vivido pelas agentes alemães, em O Leitor, é similar - dada as devidas proporções - a atual realidade de inúmeros trabalhadores no Brasil. Nas empresas o funcionário é “direcionado” a executar as ordens dos chefes bem como, assumir as conseqüências trazidas pelas mesmas. Desta forma, cabe ao funcionário a total responsabilidade da execução e o ônus do prejuízo caso algo dê errado. Sem falar de ter que lidar com o assédio moral do chefe e do constrangimento recebido pelos subordinados, tudo isso em favor da manutenção do emprego e da “qualidade de vida no trabalho”. Vale ressaltar como agravante para quem se nega à execução de ordens as opções não são as mais convidativas, sabe-se que o descumprimento é considerado falta gravíssima passível de demissão justificada. Enfim... A arte imita a vida, mas raramente a vida imita a arte e infelizmente finais felizes não são os que mais ensinam. Bravo para o filme O Leitor para ele vai todos os prêmios!
Pedro Manoel

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Aves migratórias

Nas despedidas as palavras são as menos necessárias. Na verdade, não há palavras apropriadas na partida, basta um olhar, um aperto de mão, um abraço. Quem se despede procura um consolo, um afago que compense o vazio que certamente ficará e de antemão se sabe que frases do tipo: a gente se liga, a gente se encontra por ai, não vai mudar muita coisa... São pró-formas para esconder a dor. Está claro que nada vai ser como antes, mesmo assim insistimos em acreditar que não. Mas o que fica com as despedidas? O que o outro efetivamente nos deixa? Qual é a lembrança? Resposta: o exemplo. Isso mesmo é exatamente o exemplo que fica e que conta. Nas empresas não é diferente cada membro é um exemplo. E quando um funcionário se desliga a lembrança primeira é o exemplo deixado construído dia após dia. Vale ressaltar que exemplo não tem nada haver com imagem. O primeiro é o concreto, real e sem artifícios, já a imagem é aquilo que se quer passar, não necessariamente a verdade. Às vezes os maiores exemplos infelizmente são deixados apenas nas despedidas, fortes mensagens de acreditar nos sonhos e lutar pela liberdade deixando em segundo plano as questões financeiras e de status. Quão bom lembrar das aves migratórias, frágeis na estrutura e fortes na esperança da liberdade. Conheço uma ave chamada Andréa que deixou vários exemplos e que agora voou.
Pedro Manoel

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Que venha 2010!


Ano novo vida nova, certo? Bem, é o que se espera com a chegada de mais um ano. E esperar rima com esperança que quer dizer "expectativa de um bem que se deseja". Por outro lado pensar no futuro inevitavelmente faz lembrar de “pequenas” promessas pessoais arquivadas no passado que teimam em aparecer por essas épocas. E haja promessas... Seriam elas talvez: perde uns quilinhos (ou muitos quilos), continuar aquele curso de línguas parado, visitar uns parentes que não se vê há anos, dar aquela geral no guarda roupa e no visual... E por ai vai. Chavões a parte, futuro tem tudo a ver com passado. E aí não tem jeito, para melhorar a vida lá na frente – no amanhã - tem-se que fazer o melhor agora. E tem mais, apenas desejar que tudo melhore como um passe de mágica assim do dia para noite não tem jeito, só milagre! Mesmo assim, os milagres acontecem e só acontecem para os merecedores. Desta forma, para começar bem o ano deve-se suar mais do que pedir, agir mais do que pensar e continuar acreditando sempre na esperança e no bem que se deseja. Que venha 2010.
Grande abraço
Pedro Manoel