E por falar em perfídias... Coincidências existem e existem mesmo! Esses dias curiosamente alguns amigos falavam, em momentos distintos, de relacionamentos amorosos e recorriam ao tema traição. Assunto tão delicado que insiste em percorrer a história da humanidade. Foi aí que se chegou à questão da traição induzida. Explico, trata-se daquela a traição na qual o individuo é colocado em situação de teste para confirmação de uma desconfiança atroz. Não é uma atitude das mais dignas, diria até criminosa. É um jogo perigoso e sem vencedores, pois o manipulador é tão culpado quanto o testado. Infelizmente em algum momento muitos acabam fazendo os execráveis testes, não só no campo amoroso, mas, nos diversos tipos de relacionamentos. Por exemplo: patrões que deixam dinheiro a mostra para testar a aspirante à empregada doméstica, pais que proíbem os filhos usarem o carro da família, mas “esquecem” as chaves no móvel da sala, chefes que dão total “liberdade” aos funcionários só para testar a produtividade... E por aí vai. Há um detalhe importante ignorado pelo manipulador, o ser humano é “falível” e passível de cair em tentações, pois faz parte da condição humana errar e acertar todos os dias. E se de fato queremos alguém melhor não é expondo esse alguém a situações de risco que vamos conseguir. Discordo da idéia do “perdoa-me por me traíres”, na verdade não precisamos disso não é?!!!
Pedro Manoel